ASPECTOS SANITÁRIOS E DE GESTÃO AMBIENTAL DO SETOR DE PESCADO EM UMA FEIRA LIVRE NO MUNICÍPIO DE MANAUS

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Tipo do ITEM
Dissertação de Mestrados
Título da Dissertação ou Tese
ASPECTOS SANITÁRIOS E DE GESTÃO AMBIENTAL DO SETOR DE PESCADO EM UMA FEIRA LIVRE NO MUNICÍPIO DE MANAUS
Descrição
A feira livre representa uma forma de comércio móvel, com circulação dentro das áreas urbanas, motivo de preocupação frequente, em virtude de suas deficiências sanitárias. Em decorrência do seu caráter ambulante, suas instalações são precárias, especialmente do ponto de vista do saneamento da poluição ambiental. Isso traz consigo sérios problemas relativos à manipulação de alimentos e ao lixo acumulado pela atividade comercial. As condições sanitárias do ambiente e do manipulador do alimento, a temperatura de armazenagem, a higiene e conservação dos utensílios e equipamentos são pontos críticos e de risco para a qualidade do pescado, embora estes pré-requisitos não sejam observados em muitos pontos de comercialização nas feiras livres. O objetivo deste trabalho foi avaliar a situação de risco ambiental associada à condição sanitária do pescado durante sua comercialização, acondicionamento e descarte em relação da contaminação da orla em torno do município de Manaus. A pesquisa foi realizada na região portuária de Manaus, em uma região com um total de 150 m de extensão. Seu caráter foi descritivo e fundamentado na análise qualitativa e quantitativa; o método utilizado para avaliação de risco ambiental foi a Análise de Falhas, Modos e Efeitos (Failure, Mode and Effect Analysis - FMEA). Constatou-se que o tucunaré é o produto de maior saída (55,9%), seguido do tambaqui (50%), do pacu (28,9%) e do jaraqui (20,9%); a renda gerada por este comércio é variada dominando a faixa entre R$ 500,00 a R$ 2.000,00. O risco associado as condições higiênico-sanitárias do pescado varia de moderado a alto, em decorrência: da presença de vetores prejudiciais à saúde pública pelas condições de infra-estrutura local, pelo manuseio inadequado do pescado e pela higiene insuficiente dos alimentos; produção de resíduos oriundos do tratamento do pescado para a comercialização; consumo de água sem controle de qualidade; e geração de efluentes líquidos resultantes da lavagem do pescado. As medidas de controle passíveis de serem aplicadas envolvem o setor público e os comerciantes locais, desde melhorias das condições de saneamento até investimentos nas áreas de capacitação e monitoramento. Espera-se com isto que haja efetividade de médio e longo prazo, e com isso o alcance de padrões de qualidade ambiental e social do local e de segurança alimentar.
Abstract
A feira livre representa uma forma de comércio móvel, com circulação dentro das áreas urbanas, motivo de preocupação frequente, em virtude de suas deficiências sanitárias. Em decorrência do seu caráter ambulante, suas instalações são precárias, especialmente do ponto de vista do saneamento da poluição ambiental. Isso traz consigo sérios problemas relativos à manipulação de alimentos e ao lixo acumulado pela atividade comercial. As condições sanitárias do ambiente e do manipulador do alimento, a temperatura de armazenagem, a higiene e conservação dos utensílios e equipamentos são pontos críticos e de risco para a qualidade do pescado, embora estes pré-requisitos não sejam observados em muitos pontos de comercialização nas feiras livres. O objetivo deste trabalho foi avaliar a situação de risco ambiental associada à condição sanitária do pescado durante sua comercialização, acondicionamento e descarte em relação da contaminação da orla em torno do município de Manaus. A pesquisa foi realizada na região portuária de Manaus, em uma região com um total de 150 m de extensão. Seu caráter foi descritivo e fundamentado na análise qualitativa e quantitativa; o método utilizado para avaliação de risco ambiental foi a Análise de Falhas, Modos e Efeitos (Failure, Mode and Effect Analysis - FMEA). Constatou-se que o tucunaré é o produto de maior saída (55,9%), seguido do tambaqui (50%), do pacu (28,9%) e do jaraqui (20,9%); a renda gerada por este comércio é variada dominando a faixa entre R$ 500,00 a R$ 2.000,00. O risco associado as condições higiênico-sanitárias do pescado varia de moderado a alto, em decorrência: da presença de vetores prejudiciais à saúde pública pelas condições de infra-estrutura local, pelo manuseio inadequado do pescado e pela higiene insuficiente dos alimentos; produção de resíduos oriundos do tratamento do pescado para a comercialização; consumo de água sem controle de qualidade; e geração de efluentes líquidos resultantes da lavagem do pescado. As medidas de controle passíveis de serem aplicadas envolvem o setor público e os comerciantes locais, desde melhorias das condições de saneamento até investimentos nas áreas de capacitação e monitoramento. Espera-se com isto que haja efetividade de médio e longo prazo, e com isso o alcance de padrões de qualidade ambiental e social do local e de segurança alimentar.
Língua do arquivo
português
Data da Defesa
Desconhecido
Autor
ESTHER-LÉAZULAY BENAYON CUNHA
Orientador
Drª. Aline Maria Meiguins de Lima
Local
UFPA - Belém/2013
Coleções
DISSERTAÇÕES