O PARQUE ESTADUAL SAMAÚMA E A EXPANSÃO URBANA DE MANAUS

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Dissertação de Mestrados
Título da Dissertação ou Tese
O PARQUE ESTADUAL SAMAÚMA E A EXPANSÃO URBANA DE MANAUS
Descrição
Na década de 50 do século XIX mais da metade da população brasileira vivia na zona rural, atualmente mais de 80% da população vive na zona urbana das grandes cidades brasileiras. Isto significa que estas cidades passaram e ainda vem passando por modificações significativas no espaço urbano. O processo de urbanização das cidades brasileiras vem acompanhado de diversos problemas sociais e principalmente ambientais, isto ocorre independente da região do Brasil, alguns destes problemas também são comuns a todas as cidades como a perda de cobertura vegetal, assoreamento e poluição de igarapés. O objetivo do trabalho é analisar o processo de urbanização e as áreas verdes de Manaus, quanto à conservação ambiental do Parque Estadual Samaúma. Os métodos e as técnicas consistem nas pesquisas bibliográfica, documental e de campo, a partir de observação dos fatos ocorridos no ambiente durante o período de estudo, nessa perspectiva a pesquisa obteve um nível de conhecimento a cerca da relação crescimento urbano e meio ambiente e seus níveis de impactos ambientais. Assim, observou-se que o procedimento metodológico utilizado possibilitou a análise da relação crescimento urbano e meio ambiente e alguns níveis de impactos ambientais na zona urbana de Manaus. Como também revelou as principais dificuldades enfrentadas pelo Parque Estadual Samaúma em manter sua estrutura intacta frente a pressão urbana no seu entorno. Dentre os resultados do estudo, verificou-se que a área urbana de Manaus ocupa apenas 3,9% do seu território total, no entanto concentra 99,5% da população do município, constatou-se também que os processos de criação de áreas de preservação na zona urbana são demandados pela população, que demonstra consciência ambiental dos moradores do entorno destas áreas verdes e a falta de compromisso do Governo do Estado do Amazonas que não consegue manter sua única Unidade de Conservação em área urbana. Ademais, o estudo evidenciou que o vetor de ocupação urbana de Manaus está para a zona norte, onde as áreas verdes foram e vem sendo desmatadas para atender o setor da construção civil, em consequência verificamos o surgimento de intensas ilhas de calor, em especial na zona norte, que na década de 90 não sofria com este desequilíbrio no micro clima ocasionado principalmente pelo desmatamento das áreas verdes. Neste contexto, concluiu-se que na medida em que a cidade de Manaus cresce sem planejamento em pouco tempo áreas protegidas como o Parque Estadual Samaúma e outras áreas verdes irá desaparecer em detrimento o processo de desenvolvimento e expansão da cidade de Manaus. Diante das conclusões e considerando a importância das áreas verdes para a zona urbana de Manaus, em especial o Parque Estadual Samaúma como um espaço não só visitação, mas como um local de uso sustentável dos seus recursos naturais, recomenda-se aos órgãos ambientais, responsáveis pela gestão do parque, a mudança de categoria de Parque para Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS e repassar a gestão do espaço para comunidade de seu entorno e ter o papel apenas de fiscalizador, monitorando os impactos provocados por futuros empreendimentos que utilizem recursos naturais.
Abstract
Na década de 50 do século XIX mais da metade da população brasileira vivia na zona rural, atualmente mais de 80% da população vive na zona urbana das grandes cidades brasileiras. Isto significa que estas cidades passaram e ainda vem passando por modificações significativas no espaço urbano. O processo de urbanização das cidades brasileiras vem acompanhado de diversos problemas sociais e principalmente ambientais, isto ocorre independente da região do Brasil, alguns destes problemas também são comuns a todas as cidades como a perda de cobertura vegetal, assoreamento e poluição de igarapés. O objetivo do trabalho é analisar o processo de urbanização e as áreas verdes de Manaus, quanto à conservação ambiental do Parque Estadual Samaúma. Os métodos e as técnicas consistem nas pesquisas bibliográfica, documental e de campo, a partir de observação dos fatos ocorridos no ambiente durante o período de estudo, nessa perspectiva a pesquisa obteve um nível de conhecimento a cerca da relação crescimento urbano e meio ambiente e seus níveis de impactos ambientais. Assim, observou-se que o procedimento metodológico utilizado possibilitou a análise da relação crescimento urbano e meio ambiente e alguns níveis de impactos ambientais na zona urbana de Manaus. Como também revelou as principais dificuldades enfrentadas pelo Parque Estadual Samaúma em manter sua estrutura intacta frente a pressão urbana no seu entorno. Dentre os resultados do estudo, verificou-se que a área urbana de Manaus ocupa apenas 3,9% do seu território total, no entanto concentra 99,5% da população do município, constatou-se também que os processos de criação de áreas de preservação na zona urbana são demandados pela população, que demonstra consciência ambiental dos moradores do entorno destas áreas verdes e a falta de compromisso do Governo do Estado do Amazonas que não consegue manter sua única Unidade de Conservação em área urbana. Ademais, o estudo evidenciou que o vetor de ocupação urbana de Manaus está para a zona norte, onde as áreas verdes foram e vem sendo desmatadas para atender o setor da construção civil, em consequência verificamos o surgimento de intensas ilhas de calor, em especial na zona norte, que na década de 90 não sofria com este desequilíbrio no micro clima ocasionado principalmente pelo desmatamento das áreas verdes. Neste contexto, concluiu-se que na medida em que a cidade de Manaus cresce sem planejamento em pouco tempo áreas protegidas como o Parque Estadual Samaúma e outras áreas verdes irá desaparecer em detrimento o processo de desenvolvimento e expansão da cidade de Manaus. Diante das conclusões e considerando a importância das áreas verdes para a zona urbana de Manaus, em especial o Parque Estadual Samaúma como um espaço não só visitação, mas como um local de uso sustentável dos seus recursos naturais, recomenda-se aos órgãos ambientais, responsáveis pela gestão do parque, a mudança de categoria de Parque para Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS e repassar a gestão do espaço para comunidade de seu entorno e ter o papel apenas de fiscalizador, monitorando os impactos provocados por futuros empreendimentos que utilizem recursos naturais.
Língua do arquivo
português
Data da Defesa
2014
Autor
ALAN FERNANDO RODRIGUES DE SOUZA
Orientador
Dr. Gilberto de Miranda Rocha
Local
UFPA - Belém, 2014
Coleções
DISSERTAÇÕES